Pra ser mãe tem que entender de engenharia?
Quando se vê um
alto e suntuoso edifício, construído com elegantes materiais e apresentando um
padrão estético exuberante, linhas simétricas, além da otimização de espaços e
funcionalidade, não há como ignorar a mente inteligente por trás de tal feito. Serão
muitas as atividades a se realizarem entre aquelas paredes. Ali está um teto,
um abrigo, um refúgio.
Para se chegar
a esse resultado, um sem número de tarefas foram empreendidas. Desde a análise
do terreno até a decisão sobre o tipo de vidro que seria utilizado nas janelas.
Mas há uma fase da construção que é simplesmente crucial pra que toneladas e
mais toneladas de material de construção não desmoronem por alguma circunstância.
O segredo, é claro, é o alicerce.
Um edifício com
muitos andares, que vá abrigar diferentes atividades, necessita de uma fundação
profunda e segura, de estruturas firmes, de fixação inabalável.
Pensando sobre
isso, não pude deixar de fazer uma analogia a um outro tipo de edificação: a
formação de um ser humano.
Educar nada
mais é do que edificar, construir, pavimentar. É fornecer ao filho o material
necessário pra que ele mesmo se torne um belo e sólido edifício, e seja
relevante, útil, cumprindo o objetivo para o qual foi preparado.
Olhando pra
nossa geração e percebendo o distanciamento de um ideal de comportamento que
muitos de nós já sonhamos um dia, na verdade estamos observando o que fica à
mostra numa edificação. Enquanto criticamos essa geração por seus valores
deturpados, nos esquecemos de que há uma fundação por trás de cada “construção”, que não se pode ignorar! Aquilo que enxergamos, o resultado final dessa
construção, é diretamente proporcional ao alicerce que a sustenta.
Como isso é
sério!
Quando nós pais, não
preparamos bem o terreno, não aprofundamos as bases, não providenciamos bem as
amarras e não usamos material de boa qualidade, isso vai condicionar o tipo de
sociedade que veremos construída amanhã! Quando eu deixo a preparação desse terreno nas mãos de alguém que não tem o mesmo interesse naquele edifício, estou correndo o risco de ver meu pequeno prédio se desmoronar no
futuro, e muitos que ali se abrigariam, se refugiariam, irão desabar juntamente
com ele.
Uma vez, Deus
disse a Moisés que, para que seus filhos fossem bem educados e conhecessem os
objetivos divinos para suas vidas, seria preciso um empreendimento dioturno.
Moisés teria que instruir seus filhos ao se levantarem, ao se deitarem, ao
andarem pelo caminho, escrevendo seus ensinamentos nos batentes das portas,
inculcando em suas mentes aquilo que seria necessário para firmar aquela
sociedade. Eles deveriam se tornar uma nação relevante e portadora dos padrões
de Deus para todo o mundo!
Claro que os homens, os pais, também são responsáveis pela instrução de seus filhos, são os chefes de seus lares, mas sabemos que sua
primeira obrigação está no sustento à sua família. Então eles precisam sair de
casa, vão estar ocupados durante todo o dia, seu tempo com os filhos, embora muito precioso, será mais reduzido.
Enquanto isso,
nós mães, como boas engenheiras, precisamos estar cientes de que as bases sobre
as quais nossos filhos serão edificados devem ser sólidas, meticulosamente bem
construídas. Não foi à toa que Deus conferiu à família, em especial às mães, a tarefa de trabalhar nesse solo ainda em processo de preparação para o futuro. Cristo precisa ocupar o alicerce desse edifício e não há como isso se tornar realidade se nossos filhos não forem o tempo todo expostos ao seu caráter.
Será que estamos suficientemente
conscientes dessa responsabilidade?
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