A primeira viagem

Durante toda a minha primeira gestação (enquanto ainda me sobrava um pouco de tempo) me transformei numa internauta inveterada. Lia muito sobre tudo o que se relacionava à gravidez, tinha interesse em conhecer passo a passo o desenvolvimento do bebê a cada semana, procurei me inteirar sobre os mais diversos aspectos referentes a essa temática: desde a alimentação adequada a esse período até dicas sobre como amamentar, o que fazer na hora das cólicas, como agir no hospital; e tudo isso me foi de grande valia.

Ao final da gestação me via de certa forma preparada para encarar aquela nova etapa, crente que poderia tirar de letra essa tão grande mudança em minha vida.
Até que ela chegou... e eu, que nunca havia sequer trocado a fralda de nenhum bebê me vi naquele momento mãe e de fato era minha primeira viagem. Após ler livros, pesquisar, me inteirar sobre esse novo acontecimento não fazia a menor idéia de que internamente teria a seguinte reação: sou mãe, e agora?

Ao mesmo tempo em que procurava manter a serenidade, me via perdida em meio a tantas informações e a opiniões tão antagônicas sobre o assunto, que em muitos momentos fui levada às lágrimas e a um sentimento quase que incontrolável de insegurança.

Quando se é mãe pela primeira vez a pior coisa que se deseja é que os outros te achem incapaz de exercer essa tarefa. A sensação que tive quando as pessoas a minha volta, ainda que na melhor das intenções, tentavam me dar dicas ou me ensinar algo sobre como lidar com o bebê (todo mundo nessas horas sempre tem um palpite a dar) é de que ninguém depositava fé na minha habilidade para ser mãe. Embora essa seja uma reação normal às mães de primeira viagem, não tenho orgulho desse sentimento, pois na minha arrogância não queria admitir que aquilo era uma grande realidade. Só iria aprender a lidar com aquela novidade com o passar do tempo, ao vivenciar experiências. Mas Deus me ensinou que precisava exercitar mais uma lição: a humildade, devia reconhecer minhas limitações, afinal ser mãe, sem dúvida, era novidade para mim.

Apesar de não querer admitir (o orgulho faz isso com a gente), aprendi muito com a experiência de outras mães e também fui buscando diante de Deus a segurança necessária para enfrentar esse desafio que estava à minha frente.

Só em Deus pude encontrar refúgio para cuidar do meu bebê, mesmo porque conceitos errados a respeito da maternidade difundidos pelas próprias mães muitas vezes são confundidos com amor, carinho, cuidado. Desde a escolha do local onde o bebê vai dormir até quando a “vara” será usada pela primeira vez, tudo deve estar respaldado nos ensinamentos bíblicos.

- Apenas um exemplo para ilustrar essa idéia: os bebês choram muito nos primeiros meses de vida. Ou estão com cólica, com fome, com frio, assustados com o mundo grande ao seu redor. Enquanto nossa tendência é entrar em desespero, chorar junto com a criança, agir com nervosismo, a Bíblia insta-nos a ser mansos, serenos, a lançarmos sobre Deus nossas ansiedades e nada melhor do que aplicar essas verdades numa situação como essa. Ao invés de perdermos tempo ficando inquietos e apreensivos diante do bebê deveríamos em primeiro lugar orar a Deus pedindo tranqüilidade, respirar fundo, manter a calma para poder transmiti-la, com certeza os resultados seriam muito mais eficientes e chegariam mais cedo.

Compartilhar a experiência de ser mãe pode ser reconfortante e enriquecedor, mas nunca se deve deixar de lado a necessidade de permear essa experiência com os conceitos bíblicos da maternidade principalmente para quem está em sua primeira viagem.

Comentários

Anônimo disse…
Me lembrei de uma coisa que aconteceu comigo quando meu primeiro filho nasceu: minha mãe me fazia apertar os mamilos dele e dizia que tinha que tirar o líquido para ele não ficar com os mamilos grande...rsrsrsrs... pois é, a gente não sabe pra que lado correr mesmo!!! Depois descobri que esse líquido é normal e não tem nada que tirar!! Mas, até que a gente se sinta segura o suficiente pra agir, levamos em conta muitos e muitos comentários e conselhos, né? Pelo menos comigo foi assim!
Lembro-me que ligava sempre pra minha cunhada, que também tinha acabado de dar às luz seu primeiro filho, e ficava perguntando um monte de coisas pra ela.
Hoje, com minha segunda filha muita coisa mudou, mas não tudo! Lembro-me de conselhos sábios de pessoas como minha sogra, minha mãe, minha amiga Suênia (rsrs) e acho muito mais fácil lidar com algumas coisas.
Anônimo disse…
Ah, que linda!!!! Fazendo blog, adorei! Vou passar sempre por aqui...
Olha só, vou te colocar lá nos meus favoritos, ok? Coloque os meus também nos seus! http://aguaspassadas.zip.net - onde conto minhas historias engraçadas da infancia e adolescencia...
http://mandiopa.zip.net - com pensamentos e mais pensamentos dos dias de hoje.
Um beijo, minha querida Suência!
Saudades!!!

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